07 Apr
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A recente ameaça do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), de desobedecer ordens da Justiça Brasileira levanta questões sobre a possibilidade de reabilitação de perfis de políticos, influenciadores e empresários de extrema-direita que foram suspensos por ordens do STF nos últimos anos. As suspensões, determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, principal alvo de Musk, tiveram motivos variados, incluindo a difusão de notícias falsas, ataques ao STF e defesa de golpe de Estado.

Principais casos:

  1. Daniel Silveira: Ex-deputado federal teve suas contas suspensas três dias após ser preso em flagrante por ameaçar ministros do STF. As contas mantidas sendo usadas para propagar ataques contra o Supremo mesmo após a ordem de prisão.
  2. Monark: Influenciador teve seus perfis suspensos após fazer cartas defendendo a invasão aos prédios dos três poderes por bolsonaristas. Criou novas contas e continuou divulgando notícias falsas e denúncias de fraude eleitoral, sendo suspensa novamente em junho de 2023.
  3. Luciano Hang: O Empresário bolsonarista teve suas contas suspensas por propagar discurso de ódio. Durante a campanha eleitoral de 2022, seu novo perfil foi derrubado após ser envolvido em discussões sobre adesão a um golpe de Estado.
  4. Roberto Jefferson: Ex-deputado teve suas contas suspensas no inquérito das Fake News e novamente após ser preso por defensor de atos antidemocráticos.
  5. Allan dos Santos: Alvo da suspensão de perfis no inquérito das Fake News, era um dos principais nomes na difusão de notícias falsas. Atualmente vive foragido nos Estados Unidos.
  6. Sara Winter: Líder do movimento 300 do Brasil, foi um dos 16 alvos de restrições no inquérito das Fake News.

Considerações finais: A possibilidade de reabilitação desses perfis de Elon Musk, caso ele decida desobedecer às ordens do STF, levanta questões sobre o papel das redes sociais na disseminação de conteúdo nocivo e na proteção da democracia. O debate sobre a liberdade de expressão e os limites de atuação das plataformas digitais frente às decisões judiciais continua em pauta, com repercussões potenciais políticas e sociais importantes. 

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