Após a votação da Câmara dos Deputados que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão, Arthur Lira e a extrema direita foram consideravelmente enfraquecidos, de acordo com a análise do professor e cientista político Cláudio Couto. Vejamos os principais pontos destacados por Couto:
1. Enfraquecimento de Lira: Couto avalia que a derrota na votação enfraqueceu Arthur Lira, presidente da Casa, e o deixou em uma posição delicada. O resultado da votação mostrou que Lira não conseguiu impor sua vontade e saiu com uma imagem de fragilidade.
2. Ataque a Padilha: O ataque de Lira ao ministro Alexandre Padilha, após a votação, foi interpretado como uma reação ao golpe sofrido. Couto considera surpreendente a postura de Lira, conhecido por sua frieza, e vê nesse ataque uma demonstração de fraqueza.
3. Estratégia de Lira: Segundo Couto, Lira apostou em dar uma "colher de chá" para a extrema direita, através do deputado Elmar Nascimento, como forma de fortalecer sua posição na disputa pela sucessão na Câmara. No entanto, a estratégia não surtiu o efeito desejado e acabou enfraquecendo ainda mais Lira.
4. Preço da Extrema Direita: Couto acredita que a extrema direita pagará o preço por ter votado a favor da liberação de Chiquinho Brazão. Ao não atingir seu objetivo de fragilizar o STF e liberar um acusado de crime grave, a extrema direita sai prejudicada e com uma imagem desgastada.
Considerações Finais:A análise de Cláudio Couto destaca os impactos políticos da votação na Câmara dos Deputados e as consequências para Arthur Lira e a extrema direita. O enfraquecimento de Lira e a reação surpreendente após a votação apontam para um cenário de incerteza na sucessão da presidência da Casa e para possíveis repercussões para os partidos envolvidos.