26 Mar
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro. Essa estadia ocorreu logo após ele ser alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 8 de fevereiro, que investigava uma suposta tentativa de golpe de Estado. Durante a operação, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido em seu escritório na sede do PL, e dois de seus ex-assessores foram presos.


Quatro dias após a ação da Polícia Federal, câmeras de segurança da embaixada da Hungria capturaram imagens de Bolsonaro entrando no local, situado na parte Sul de Brasília. De acordo com o jornal "The New York Times", o ex-presidente ficou hospedado na embaixada acompanhado por dois seguranças, o embaixador da Hungria no Brasil e outros membros da equipe diplomática. O "NYT" também destacou que Bolsonaro não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira, pois esses locais estão fora da jurisdição das autoridades locais.


A estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria levanta questões sobre suas intenções de se esquivar das investigações e da justiça brasileira. O jornal norte-americano apontou a amizade entre Bolsonaro e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, como um possível motivo para a escolha da embaixada como refúgio. Em resposta, a defesa de Bolsonaro confirmou que ele permaneceu na embaixada "para manter contatos com autoridades do país amigo", a convite dos mesmos.


Este episódio reacende debates sobre as relações diplomáticas entre países e o alcance da justiça em situações envolvendo figuras políticas de destaque. O caso de Bolsonaro destaca a complexa interação entre diplomacia e justiça, especialmente quando políticos buscam refúgio em embaixadas estrangeiras. Em resumo, a estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília promete continuar gerando discussões sobre os limites do poder das autoridades e as relações entre nações.

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